No dia 15 de Maio de 2015, teve lugar na Academia Militar em Lisboa, uma cerimónia evocativa do centenário do ataque à Escola de Guerra, no âmbito do Revolta do 14 de Maio (derrube do governo do General Pimenta de Castro).
Presidiu à cerimónia o Tenente-General Mário de Oliveira Cardoso, Presidente da Comissão Coordenadora da Evocação do Centenário da I Guerra Mundial, acompanhado do Major-General João Vieira Borges, 2º Comandante e Diretor de Ensino da Academia Militar e de ilustres convidados, como o Tenente-General Paiva Monteiro, o Major-General João Carvalho, o Major-General Rui Moura e o Superintendente Pedro Clemente. Participaram ainda, alunos da Academia Militar, da Escola Naval, da Academia da Força Aérea e do ISCPSI.
Foi colocada uma coroa de flores junto da placa em memória dos trágicos acontecimentos de 15 de maio de 1915, a que se seguiu a homenagem aos mortos (Tenente Ernesto Gomes da Silva Júnior e Aluno José Fernandes de Oliveira – barbaramente assassinados por civis armados quando presos e escoltados em direção ao Arsenal) com uma oração de sufrágio proferida pelo capelão António Teixeira.
Seguiu-se uma breve alocução de homenagem ao Tenente Gomes da Silva e ao Aluno Fernandes de Oliveira por parte do Coronel Nuno Lemos Pires, Comandante do Corpo de Alunos e depois o descerrar da placa alusiva à cerimónia (junto da placa de homenagem ao Capitão Simões de Sousa, comandante do Corpo de Alunos na altura do assalto à Escola de Guerra).
De seguida desfilou o Corpo de Alunos e teve lugar uma visita à exposição sobre a Escola de Guerra e a Grande Guerra, antes do almoço convívio, que terminou com o grito da Academia Militar em homenagem aos camaradas mortos.
O dia da merecida homenagem terminou com duas conferências sobre o Assalto à Escola de Guerra em 14 e 15 de maio de 1915, proferidas pelo Professor Doutor António José Telo e pelo Major-General João Vieira Borges.
No Assalto à Escola de Guerra, perpetrado por civis armados acompanhados de alguns militares, foram assassinados o Tenente Ernesto Gomes da Silva Júnior e o Aluno José Fernandes de Oliveira, feridos dezasseis alunos, dois soldados e um cabo, e saqueada parte das instalações, no âmbito do derrube do governo do General Pimenta de Castro, a revolta mais sangrenta do século XX português, onde morreram cerca de 200 pessoas e onde foram feridos mais de um milhar.
