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Inaugurada a Exposição “Depósito de Concentrados Alemães na ilha Terceira” no Museu de Angra do Heroísmo. 
 
 
No âmbito das comemorações Internacionais do Centenário da I Guerra Mundial, foi inaugurada no passado sábado, dia 29 de outubro, ...

No âmbito das comemorações Internacionais do Centenário da I Guerra Mundial, foi inaugurada no passado sábado, dia 29 de outubro, na sala do Capítulo do Museu de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, uma exposição sobre o Depósito de concentrados alemães naquela ilha. Cem anos depois de ser constituído, evoca-se a permanência em cativeiro de cerca de 750 prisioneiros de guerra civis, durante três anos, à guarda das autoridades militares portuguesas, enquanto as tropas nacionais se degladiavam em confrontos no norte da Europa, e fronteiras de Angola e Moçambique.

Dividida por temas, desde o conflito ao nível internacional às condições higiénico-sanitárias, ou financeiras do campo, esta mostra pretende dar a conhecer aos locais, aos que nos visitam e às autoridades de ambos os países, a importância deste grupo especial, devidamente enquadrado nas duras e difíceis circunstâncias que se abateram sobre o arquipélago, pelo que se seguiria uma palestra sobre a Grande Guerra nos Açores, à responsabilidade do seu comissário, Mestre em História, Museologia e Património, Sérgio Rezendes.

A parceria com entidades escolares, caso do Colégio do Castanheiro, Universidade dos Açores e Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, permitiu a transmissão desta memória coletiva não só aos estudantes locais como aos nacionais, e a participação da Embaixada da República Federal da Alemanha, que apoiaria a sua tradução para a língua alemã, a sua internacionalização. Espera-se que possa ser transposta não só para o continente, como para aquele país, levando-se assim a História dos Açores ao coração da Europa.

Repleta, com um público interessado e participativo, será de destacar a vinda propositada de dois grupos familiares continentais, numa primeira abordagem ao arquipélago, para descoberta das suas raízes, numa demanda por mais informação sobre um assunto emblemático de família, e contudo, muito mal conhecido. O sucesso da iniciativa, extensivo também à participação do Museu Militar dos Açores, é um claro convite a todos os que por aquela ilha passem, para a visitarem até 29 de janeiro de 2017, associando-se assim também às comemorações do centenário da entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial.

 

Sérgio Rezendes

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